quinta-feira, 30 de julho de 2009

PS apresenta programa eleitoral de "acção"

O Partido Socialista apresentou, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o programa eleitoral tendo em vista as próximas eleições legislativas.

José Sócrates, secretário-geral do PS, foi o último orador de uma noite de promessas que passam por uma reforma fiscal a favor das classes médias, uma justiça mais célere e o reforço das forças de segurança. Avança também o casamento entre pessoas do mesmo sexo, assim como um referendo à regionalização e as reformas das leis eleitorais.

“Escrevemos no coração do nosso programa eleitoral o reforço das políticas sociais”, sublinhou Sócrates, reforçando as diferenças entre PS e PSD neste campo já que Manuela Ferreira Leite defende “um Estado mínimo”.

“As nossas ideais são de futuro e a nossa atitude é mobilizar o país no combate à crise e num esforço modernizador”, disse Sócrates, frisando que o PS é um partido “progressista”.

“Queremos Portugal mais moderno e qualificado. Próximo da Europa, mais respeitador da liberdade individual das pessoas e não tolerando nenhuma forma de discriminação”, disse. Prometeu ainda aplicar "políticas de apoio às famílias e à natalidade, o reforço das políticas sociais e a reforma fiscal a favor das classes médias".

Não houve novas bandeiras, as ideias do programa socialista já eram há muito conhecidas e, assim, José Sócrates não se demorou nelas e partiu para o jogo de palavras com o PSD.

O PS foi o primeiro partido a apresentar o documento, e numa altura em que se sabe que o PSD só o apresentará no final de Agosto e que será, nas palavras do social-democrata Aguiar Branco, “minimalista”, o secretário-geral do PS referiu que o “mínimo que se exige a quem se candidata à governação do país é que apresente, antes, as suas ideias e propostas”.
E acrescenta que “é claro que os que defendem um Estado mínimo talvez sintam a necessidade de esconder o que defendem, mas nós queremos convictamente o Estado social”.

As 120 páginas de propostas socialistas são para José Sócrates “um programa de acção” e que os outros têm “um programa que se resume a parar, suspender, rasgar”.

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