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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Vitória do PS, sim, mas...


Afinal, o que decidiu o povo português?

Decidiu, claramente, tirar a maioria ao PS. Menos meio milhão de votos. Que podem muito bem ser explicados pelas classes profissionais que derivaram o voto para partidos como o CDS ou BE. Só na função pública estão 700 mil pessoas, entre professores, enfermeiros, etc. E claro que também são explicados pela mudança para o BE ou CDU pelo descontentamento acerca da política "de direita" seguida por Sócrates.

O PSD é o grande derrotado. Fica pouco acima do pior resultado de sempre. Isto em termos quantitativos. Mas se analisarmos mais em pormenor, veremos que este acaba por ser pior. Porque Santana Lopes em 2005 concorreu em condições muito más. Desde logo, o abandono de José Manuel "forget the Durão" Barroso. Depois porque teve seis meses de desgaste. E também porque José Sócrates aparecia forte, como alternativa credível.
Manuela Ferreira Leite, não. Estava ela a ser a alternativa. Ao desgaste de quatro anos e meio de maioria absoluta de PS. Mas na hora da verdade, a política de MFL não convenceu. Contudo, teve todas as condições. Até Menezes e Passos Coelho não levantaram muito a voz. O PSD até passou a imagem de unidade à volta da líder, o que não é uma verdade, note-se.
MFL, averba, portanto a maior derrota da noite, apesar de melhorar o score do PSD. Muito pouco, obviamente.
E agora ainda vai ter de fazer um frete de duas semanas. Até às autárquicas. E depois, senão antes ainda, começarão a posicionar-se os próximos candidatos à liderança.

O CDS-PP cresce. Aliás, agiganta-se. Passar para 21 deputados é um resultado de sonho para Paulo Portas. Com o bónus de passar a terceira força política e ser o único partido que pode, sozinho, dar maioria ao PS.
Portas está como gosta. Ou seja, a partir de agora tudo passará por ele. Essencialmente, porque para essa maioria ser de esquerda, será preciso que PS, BE e CDU se entendam, algo que acho mais complicado.

O Bloco de Esquerda também vence. Duplica os deputados e tem mais 200 mil votos. O que é bastante bom para quem tem apenas dez anos de existência.
Mas a noite não foi perfeita. Por duas razões. A primeira não é muito importante do ponto de vista funcional: o CDS ficou à sua frente. A segunda, essa sim importante: o BE sozinho não consegue governar com o PS. E este é um dado essencial para o resultado de Portas ter sido ainda mais valioso.

A CDU cresce em 30 mil votos e sobe um deputado. Se isto é verdade, também é verdade que fica abaixo das expectativas do próprio PCP. Não poderão estar muito contentes, até porque passam a quinta força política.
Depois do PSD, a CDU acaba por ser também derrotada.

Não vou cair no cliché de dizer que a grande vitória da noite vai para a abstenção. Até porque não é bem assim. Com o Cartão do Cidadão, todos ficam automaticamente recenseados. Ou seja, há mais gente com cartão para votar, mas que continua a não votar. Só que antes não entrava sequer nas contas da abstenção.
De qualquer forma, a abstenção continua muito acima do mínimo exigível numa democracia.

Não foi desta, mas Garcia Pereira quase era eleito. Teve mais de 50 mil votos. É obra, quase sem meios e ignorado pelos media quase conseguiu. Ricardo Araújo Pereira também contribuiu, claro. Mas os Gato Fedorento, a convidarem apenas um dos pequenos partidos, obviamente que teria de ser o MRPP. Foi o mais votado dos pequenos em 2005.

O MPT fica em último. Estranho. Um partido que até tem dinheiro para cartazes. Talvez a mensagem não convença mesmo.

Governação

E agora? Esta pergunta deve ter como primeiro endereço o Largo do Rato.

O PS pode virar-se para a direita, verá o CDS. Terá maioria.
O PS pode virar-se para a esquerda, verá BE e CDU. Terá maioria.

A primeira premissa é mais simples mas tem problemas ideológicos que a maioria dos eleitores do PS não iriam perdoar.

A segunda é mais complicada. Também tem questões de ideologia mas, principalmente, tem o problema de a maioria só ser conseguida através de negociações com dois partidos.

Parece-me que nas questões económicas o PS tentará obter maioria com o CDS. Nas causas sociais com BE e CDU. Resta saber se Sócrates terá jogo de cintura para isto ou se vai só aguentar até às presidenciais e ir novamente a eleições para aí, sim, ter maioria, como disse hoje João Cravinho.

O pior disto tudo para o PSD é que fica completamente de fora. Essa é a maior derrota laranja.
Ser condenado à irrelevância.

Foram-se as legislativas

Esta frase poderia ser banal. Mas, hoje, não é.

Espero, agora, pelo Presidente Cavaco Silva.



Apesar da autárquicas,
Cavaco deve ser o próximo grande protagonista.


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mais 50 Novas Oportunidades

A ministra da Educação garante que a rede do programa Novas Oportunidades vai ser reforçada com mais 50 centros de aprendizagem, como forma de responder à crescente procura.

Este anúncio de Maria de Lurdes Rodrigues surge no dia em que foram conhecidos os resultados da avaliação externa elaborada pela Universidade Católica, que refere o elevado tempo de espera dos candidatos como um dos principais problemas do Novas Oportunidades. O documento, da autoria do ex-ministro da Educação Roberto Carneiro, adianta que outra dificuldade são os reduzidos impactos do curso no mercado de emprego. Em resposta a esta desadequação entre a certificação e os ganhos laborais, a actual titular da pasta da Educação avança que “é preciso tempo” para que “o tecido empresarial também se adeque às novas qualificações”.

Quanto às críticas de facilitismo do programa, a ministra refere que o “testemunho” dos beneficiários, dos técnicos e dos avaliadores externos “rejeita essa hipótese”. Mas há questões a melhorar: Maria de Lurdes Rodrigues considera necessário fazer progressos na flexibilidade dos horários de trabalho, para facilitar o acesso das pessoas às acções de formação e aumentar o universo de entidades empregadoras, para que os trabalhadores possam frequentar o programa.

Pelo Novas Oportunidades já passaram, desde 2006, quase 900 mil portugueses, numa média de 20 mil inscrições por mês. Maria de Lurdes Rodrigues apresentou o projecto de formação, em 2006, como um programa que permite “adquirir novas e mais competências” em termos de línguas, literacia, tecnologia e ciência, está contente com os resultados do projecto já que “ultrapassou em muito qualquer expectativa e alargou muito os horizontes do País, com a recuperação dos níveis de qualificação”, frisou.

JUL2009.


20 mil portugueses inscrevem-se por mês no programa Novas Oportunidades

quinta-feira, 30 de julho de 2009

PS apresenta programa eleitoral de "acção"

O Partido Socialista apresentou, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o programa eleitoral tendo em vista as próximas eleições legislativas.

José Sócrates, secretário-geral do PS, foi o último orador de uma noite de promessas que passam por uma reforma fiscal a favor das classes médias, uma justiça mais célere e o reforço das forças de segurança. Avança também o casamento entre pessoas do mesmo sexo, assim como um referendo à regionalização e as reformas das leis eleitorais.

“Escrevemos no coração do nosso programa eleitoral o reforço das políticas sociais”, sublinhou Sócrates, reforçando as diferenças entre PS e PSD neste campo já que Manuela Ferreira Leite defende “um Estado mínimo”.

“As nossas ideais são de futuro e a nossa atitude é mobilizar o país no combate à crise e num esforço modernizador”, disse Sócrates, frisando que o PS é um partido “progressista”.

“Queremos Portugal mais moderno e qualificado. Próximo da Europa, mais respeitador da liberdade individual das pessoas e não tolerando nenhuma forma de discriminação”, disse. Prometeu ainda aplicar "políticas de apoio às famílias e à natalidade, o reforço das políticas sociais e a reforma fiscal a favor das classes médias".

Não houve novas bandeiras, as ideias do programa socialista já eram há muito conhecidas e, assim, José Sócrates não se demorou nelas e partiu para o jogo de palavras com o PSD.

O PS foi o primeiro partido a apresentar o documento, e numa altura em que se sabe que o PSD só o apresentará no final de Agosto e que será, nas palavras do social-democrata Aguiar Branco, “minimalista”, o secretário-geral do PS referiu que o “mínimo que se exige a quem se candidata à governação do país é que apresente, antes, as suas ideias e propostas”.
E acrescenta que “é claro que os que defendem um Estado mínimo talvez sintam a necessidade de esconder o que defendem, mas nós queremos convictamente o Estado social”.

As 120 páginas de propostas socialistas são para José Sócrates “um programa de acção” e que os outros têm “um programa que se resume a parar, suspender, rasgar”.

Partidos preparam-se para legislativas

As eleições legislativas preenchem já totalmente o horizonte dos partidos políticos portugueses. Marcadas para o dia 27 de Setembro pelo Presidente da República, Cavaco Silva, começam-se a conhecer os cabeças de lista dos partidos em cada círculo eleitoral, os programas eleitorais e os objectivos de cada partido para esta eleição.

PS e PSD partem com o mesmo objectivo: ganhar e formar governo. José Sócrates já disse que espera fazer “uma coligação com o país” de forma a prosseguir o projecto que teve início em 2005, quando ganhou a Pedro Santana Lopes.

Manuela Ferreira Leite assume que “ganhar por um voto” é o objectivo mínimo laranja. Os dois partidos divergem em muitos projectos, mas estão de acordo na ideia de que a governabilidade é fundamental. PS e PSD defendem que caso os votos sejam muito repartidos, Portugal correrá o risco de ser ingovernável.

A CDU e o Bloco de Esquerda criticam o Governo PS e a alternativa PSD, já que não se trata de uma verdadeira alternativa mas antes uma alternância de poder. No CDS, Paulo Portas já veio dizer que não estabelece metas para estas legislativas.

Diferenças

“Está para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor no défice”, diz José Sócrates. É desta forma que o chefe de governo responde à acusação de Manuela Ferreira Leite, para quem as contas públicas estão “absolutamente descontroladas”.

A diferença entre os dois maiores partidos portugueses é nítida. Ferreira Leite defende uma maior contenção em época de crise de forma a não endividar o país, enquanto Sócrates defende que será o investimento público a incentivar a economia através da criação de emprego, para além de serem realmente necessários, na visão do secretário-geral socialista, um aeroporto e o TGV.

A CDU está contra um possível bloco central. Benardino Soares já veio afirmar que “nenhuma maioria absoluta serve para o povo”, explicando que nem uma maioria de um só partido, nem uma constituída por PS e PSD servirá para melhorar o país.

O BE pede mais votos e Francisco Louça refere que o partido “fará uma das disputas mais importantes pela confiança da esquerda, pela dignidade da luta política, pelos trabalhadores e pelos jovens”. “Isto é o pântano dos negócios, do abuso, da criminalidade financeira. É a isso que a esquerda tem de responder”, afirma o líder bloquista.

No CDS, Paulo Portas diz que vai reduzir os impostos e faz disso a maior bandeira do partido. “Só assim a economia poderá recuperar”, diz Portas.

A economia já domina o debate político mas a educação e a saúde também serão temas importantes na próxima campanha. O PS já apresentou o programa eleitoral, enquanto que o PSD falhou a data prevista e espera apresentar o programa no início de Setembro.

Listas vão sendo definidas

O primeiro-ministro José Sócrates vai ser o cabeça de lista do PS pelo círculo de Castelo Branco, secundado por Fernando Serrasqueiro, secretário de Estado do Comércio e da Defesa do Consumidor. No círculo de Lisboa, a lista do partido vai ser liderada pelo Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, disse uma fonte do PS à agência Lusa.

Alberto Martins, líder da bancada parlamentar socialista, será o primeiro candidato pelo círculo do Porto. A mesma fonte adianta que o ministro das Finanças e da Economia, Teixeira dos Santos, deverá ser o número um em Aveiro, a ministra da Saúde, Ana Jorge, avançará como primeira candidata em Coimbra e Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Solidariedade vai encabeçar a lista de Setúbal. O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, é o primeiro da lista em Vila Real e António José Seguro deverá manter-se como cabeça de lista por Braga.

No PSD, a presidente Manuela Ferreira Leite será a líder da lista em Lisboa, secundada por Nuno Morais Sarmento. O vice-presidente do partido, Aguiar Branco, será o cabeça de lista pelo Porto, seguido do deputado Agostinho Branquinho. Nos Açores avança Mota Amaral. Ainda estão muitos lugares em discussão nas listas dos sociais-democratas e o debate maior tem sido a inclusão de Pedro Passos Coelho como líder do distrito de Vila Real. A concelhia local pretende o ex-presidente da JSD, mas Manuela Ferreira Leite não parece ceder a essa intenção, já que defende a lealdade entre candidatos e direcção nacional do partido como principal factor de selecção.

Francisco Louça, do BE, e Jerónimo de Sousa, da CDU, vão liderar as respectivas listas no círculo eleitoral de Lisboa. Paulo Portas, presidente do CDS-PP, encabeçará a lista do distrito de Aveiro.

O dia das decisões

Tudo será decidido a 27 de Setembro, data em que os portugueses irão às urnas para escolherem o próximo Governo. A eleição organiza-se em 22 círculos eleitorais, ou seja, 18 distritos, as regiões autónomas da Madeira e Açores e, também, o círculo da Europa e resto do mundo.

Depois da vitória do PS em 2005 com uma maioria absoluta de 121 deputados, o PSD quer melhorar o resultado de Santana Lopes nas últimas legislativas, o de 75 deputados.

Há quatro anos, a CDU conseguiu 14 representantes, enquanto que o BE ultrapassou o CDS e passou a quarta força política no Parlamento. Todos os partidos continuam com os mesmos líderes, excepto o PSD que irá a eleições com Manuela Ferreira Leite.

As campanhas deverão arrancar em força no final de Agosto, com a entrada do ano político. Este será o segundo acto eleitoral de 2009, depois das europeias e antes das eleições autárquicas, já marcadas para 11 de Outubro.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Manuel Alegre deixa Parlamento 34 anos depois

“Ser deputado é a mais bela função do mundo”, diz Manuel Alegre. O histórico socialista deixou de tê-la, 34 anos depois de ter sido eleito pela primeira vez. Na sua última sessão parlamentar, Alegre referiu que foi uma honra servir o país durante mais de três décadas na Assembleia.

Alegre sai como entrou, ou seja, “combatendo pelas minhas ideias e por uma República moderna, em que a democracia política se conjugue com a democracia económica, a democracia social, a democracia cultural e os novos direitos civilizacionais”, frisou, referindo que foi esse o sonho dos deputados constituintes.

Manuel Alegre afirmou que deixa a Assembleia da República por “decisão pessoal”. Recordou que pertence a uma geração que nasceu em ditadura, quando o Parlamento “era uma caricatura”. O poeta sublinhou que “o esvaziamento dos direitos sociais implicará sempre uma diminuição dos direitos políticos e um empobrecimento da democracia” e deixou ainda um sério alerta aos deputados sobre a cedência ao populismo.

O crescente divórcio entre cidadãos e os políticos mereceu também a preocupação de Alegre, que sublinhou que o combate a esse problema deve ser travado com “uma intransigente prática republicana, com espírito serviço de público, com transparência e fidelidade à palavra dada perante os eleitores”.

A intervenção de Manuel Alegre foi aplaudida de pé por todas as bancadas, exceptuando a do CDS-PP. Alegre, um dos fundadores do PS, deixou ainda algumas palavras aos seus companheiros da Constituinte, Jaime Gama, Mota Amaral e Jerónimo de Sousa. Amaro da Costa, Francisco Sá Carneiro, Mário Soares, Salgado Zenha, Álvaro Cunhal e Carlos Brito foram os outros nomes destacados por Alegre em dia de despedida.

Despediu-se Manuel Alegre da “casa da democracia”, prometendo continuar fiel “à República, à liberdade, à democracia e ao socialismo e, sobretudo, fiel a Portugal e ao povo português”, disse.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Touradas.

O Ministro da Economia demite-se após fazer "corninhos" ao deputado Benardino Soares.
Andamos a brincar à política.

Foi a morte do touro Pinho.
Pensava que as touradas de morte estavam proibidas em Portugal.

Depriminte.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Factos e Ilações Europeias 2009.

Afinal, parece que todos ganharam. Uns mais que outros. Um só derrotado: o PS.

O BE é o grande vencedor. Passa a terceira força política. Elege 3 eurodeputados.
O PSD ganha, e por boa margem, as eleições.
O PCP também vence. Mais votos, mais percentagem em relação a 2004.
O CDS ganha porque afinal não desaparece.
O PS perde e ponto.

José Sócrates substimou claramente o PSD. Ainda entrou na campanha mas já não foi a tempo, mas se não tivesse entrado o resultado talvez tivesse sido ainda pior. A derrota começou logo na escolha do cabeça de lista. Até Ana Gomes teria sido um melhor nome.

Nesse campo, quem acertou foi Manuela Ferreira Leite. Rangel sabe o que faz e na actual conjuntura deu para ganhar. Mas o PSD não se pode enganar a si próprio pensando que estas europeias são uma espécie de primárias para as legislativas. Não são. Quando os portugueses forem às urnas para decidir as políticas internas, tudo será diferente. E aí não teremos Vital frente a Rangel mas Sócrates frente a MFL... com outro factor adicional: há menos abstenção, cai de 60% para 30%, e sabe-se como ela foi penalizadora para o PS neste primeiro round de 2009.

O Bloco de Esquerda passa o PCP. Aqui a grande novidade. Vamos ver como vai lidar o PCP com esse facto totalmente novo.
Não posso deixar de referir que estou muito contente com a eleição do Rui Tavares.

Quanto ao CDS... ficar contente por desmentir as sondagens é pouco. Mantém dois deputados quando a representação nacional cai de 24 para 22. Não é excelente, não é mau. Quinta força política. Fica na mesma. Negam-se a desaparecer mais uma vez.

NOTAS:

O MEP foi o maior dos pequenos.
As sondagens foram o grande tema de debate da noite de hoje. Deve ser o maior problema nacional. Fantástico.
Le Pen eleito.
Berlusconi, primeiro-ministro e cabeça de lista do seu partido (incrível!) ao PE ganhou eleições.
Extrema-direita britânica elege um eurodeputado pela primeira vez.
PdL (extrema-direita) segundo partido mais votado na Holanda.
Sarkozy vencedor. PS francês não se levanta. Filha de Jacques Delors não resolve.
Abstenção 62,8% e não esteve sol.

RESUMO:

Vencedor: Paulo Rangel.
Vencedores: BE
Perdedor: Sócrates
Perdedores: PS

sábado, 6 de junho de 2009

Europeias 2009.


O PS lá irá ganhar... não por Vital Moreira mas apesar de Vital Moreira.
O cabeça de lista socialista vem da academia e não tem jeito para grandes discursos.
Não está à vontade para falar com as pessoas na rua.
Pior: por ter estado no PCP, parece, constantemente, procurar provar que, agora, está de corpo e alma no PS.
Sei que o passado comunista de Vital interessa, e dá muito jeito, ao PS para estas eleições. Contudo, afasta o eleitorado da direita - ele já foi comunista - e acaba também por afastar os de esquerda - ele é um vira-casacas.
Por isso, lá está: Sócrates teve mesmo de entrar na campanha em força.
Ganha, mas ganha por um deputado.

Manuela Ferreira Leite, finalmente, tirou um coelho da cartola.
O coelho chama-se Paulo Rangel (aliás, no PSD há outro, Carlos Coelho, que é tão só o eurodeputado que mais apresenta trabalho no PE mas que, quase aposto, a generalidade dos portugueses nem sequer ouviu falar).
Rangel, sabe falar, tem dom para o soundbyte, pensamento estruturado e, como diz Inês Serra Lopes, conseguiu algo fantástico: unir à volta dele as diferentes correntes laranjas e sabe-se que isso não é coisa pequena.
Irá perder mas por muito pouco e, este sim, não apesar dele mas apesar de MFL.
Esta, por sua vez, poderá ser engolida pelo tal coelho que tirou da cartola - fala-se já num Rangel como concorrente de Pedro Passos (e lá está) Coelho.

BE e CDU concorrem pela terceira posição. O primeiro sempre bem nas sondagens mas sabe-se como o eleitorado da CDU é. Não falta à chamada e vota.
Gosto do Rui Tavares, pessoas como ele fazem falta.

Depois, e por último, como tem sido hábito, o CDS de Melo e Portas.
Em algumas sondagens Nuno Melo fica de fora, ou seja, o CDS corre o risco de não eleger sequer o cabeça de lista.
Apesar de tudo, isso não deve acontecer, contudo será razão para ficarem apreensivos.
Falando do outdoor, se calhar não têm mesmo razão.

O MEP pode ser a surpresa de domingo.



VOTE!, ou não, isso é consigo.

Esclareça o que for possível: Debate Final Europeias 2009.


Já que estamos em dia de reflexão:
O que dizer do cabelo e bigode de Vital?
Rangel é mesmo o polvo da "Pequena Sereia"?

Mais a brincar:
Como é possível o PdL ser a segunda força mais votada na Holanda?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

25 de Abril, Sempre!

Gritem bem alto ao mundo que somos gratos aos homens de Abril.
Gritem em todas as línguas para que percebam.
Para que tenham nele um exemplo a seguir.
Para que dê força aos povos de países que precisam de um.



شكرا لهؤلاء الرجال على 25 أبريل 1974. عمل ممتاز.

Благодаря ти за мъжете, които направи на 25 април 1974 година. Отлична работа.

Gràcies als homes que van fer el 25 d'abril de 1974. Excel lent treball.

谢谢你给谁了男子1974年4月25日。出色的工作。

Zahvaljujemo Vam se na ljude koji su se 25. travnja 1974. Odlican posao.

Tak til de mænd, der gjorde den 25 april, 1974. Fremragende arbejde.

Maraming salamat sa mga kalalakihan na ginawa ng Abril 25, 1974. Mahusay na mahusay na trabaho.

Merci aux hommes qui ont fait le 25 avril 1974. Excellent travail.

Σας ευχαριστώ για τους άνδρες οι οποίοι υπέβαλαν την 25 Απριλίου 1974. Εξαιρετική δουλειά.

Grazie agli uomini che hanno reso il 25 aprile 1974. Ottimo lavoro.

は、 1974年4月25日には、男性にありがとうございました。素晴らしい仕事。

Захваљујемо Вам се на људе који су се 25. априла 1974. Одлицан посао.

Gracias a los hombres que hicieron el 25 de abril de 1974. Excelente trabajo.

Спасибо чоловікам, які зробили 25 квітня, 1974. Відмінна робота.

Tack till de män som gjorde den 25 april 1974. Mycket arbete.

Thank you to the men who made the April 25, 1974. Excellent work.

Vielen Dank an die Männer, die den 25. April 1974. Hervorragende Arbeit.

אנו מודים לך על האנשים שעשו את 25 באפריל, 1974. עבודה מצויינת.

Dank u voor de mannen die de 25 april 1974. Uitstekende werk.




Nada é perfeito.
Portugal não está bem, há muitas coisas a mudar.

Mas é graças a Abril que posso dizê-lo.

25 de Abril, Sempre!

domingo, 5 de abril de 2009

Let's Get Out Of This Country.

... Freeport BPN BPP Provedor Justiça Público, Expresso e SIC, o não de Angola e a passividade das Autoridades Portuguesas Engenharia Guarda Apito Dourado Casa Pia Rua Castilho Licenciatura Independente Desemprego "quem quer chegar a horas" Educação ERC Dias Loureiro Bragaparques Domingos Névoa Augusto Duarte Mesquita Machado Artur Alho Oliveira e Costa Felgueiras Isaltino Queijo Limiano Loureiros "consciência do que é casar com mulçumanos" ...

Infelizmente muito sujeito a actualizações.

Camera Obscura, Let's Get Out Of This Country, 2006.

sábado, 3 de maio de 2008

A crise de meia-idade do PSD.

Passado, futuro ou mais um bocadinho do mesmo de sempre?






Disse-o aqui que Menezes tentava, ao provocar eleições antecipadas, calar os críticos e, assim, legitimar a sua liderança rumo a 2009. Disse, também, que Menezes correria poucos riscos visto que não se perfilavam candidatos com força para o derrotar.

Azar dos azares para Menezes.

Se Pedro Passos Coelho, Patinha Antão ou Neto da Silva eram esperados, Ferreira Leite não.
Foi a tal margem de erro, pequena, que aconteceu.

Menezes teve azar na sua aposta e manteve, então, a sua retirada. E com essa, veio a candidatura Santana Lopes.

Está feito o quinteto de candidatos de "luxo" do actual PSD.
Se Patinha Antão e Neto da Silva são desconhecidos, os restantes três não.

Santana vem da linha de poder, líder parlamentar, mostra-se mais uma vez em eleições porque, diz, Portugal não está bem. Em 2005, com a liderança santanista de um PSD destroçado, Portugal estava melhor?
Santana representa a ala mais popular do Partido. Já perdeu uma vez com Socrátes.
Resta saber se o que perdeu foi, de facto, a guerra ou se uma batalha, com a próxima marcada para 2009.

Pedro Passos Coelho, ex-líder da JSD, representa o futuro do Partido. Com 44 anos, ideias novas e uma retórica brilhante. Simples sem ser popular. Ou muito popular. Esta ainda não será a sua hora...
Talvez nas legislativas de 2013... Frente a António Costa.

Resta Ferreira Leite, de cognome "dama-de-ferro". Credibilidade e acção. Estas são as suas imagens. Imagens de que o PSD gosta. Contra, tem o facto de representar o passado, um glorioso passado cavaquista, a um passado que já não existe. É uma espécie de retrovisor.
Ainda há Alberto João Jardim. Até 15 de Maio decide se se candidata ou não. Ele que tenha a consciência que se ganha eleições facilmente na Madeira, no continente ninguém vota nele... Ser Primeiro-Ministro, para Jardim, é uma miragem delirante.
Não tenho nenhuma simpatia por este PSD.
Nem por outro qualquer, diga-se.

Mas que este PSD é uma festa, é.
E quem mais gosta dela, quem mais se diverte, é o PS.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A demissão de Menezes ou a espera invertida.

O PSD vive em crise desde 2005. Desde a partida de Durão Barroso.

O PSD foi nestes últimos anos um partido à espera. À espera de um grande líder. Os "potenciais grandes líderes" esperam, por sua vez, pelo momento certo para entrar em cena - PS tem a maioria, está bem nas sondagens e Socrátes mostra-se forte, portanto, o momento certo nunca será antes das eleições de 2009 mas sim depois, entenda-se, para as eleições de 2013.

É neste jogo de esperas que acontecem Santana Lopes, Marques Mendes e Menezes.
Este é o contexto dos últimos anos.
Nenhum destes três quiseram esperar.

Contudo, nesta quinta-feira, é Menezes, o homem das bases, que decide puxar da táctica da espera.
Menezes percebeu ou pelo menos teve a certeza - em 6 meses de liderança - que se o apoio das bases serve para ser eleito líder do PSD, isso não lhe chegará para ter bons resultados nas legislativas. Com isto quero dizer que Menezes percebeu que precisa dos notáveis do PSD, senão para apoiá-lo, pelo menos para não o atrapalhar - porque são esses que têm tempo de antena nos media, são esses que têm a opinião publicada, são esses que podem ser decisivos nos resultados do seu PSD em 2009.

Em síntese, Menezes percebe, claramente, que se as bases populares do PSD fazem dele o líder do partido, serão os notáveis do PSD que o poderão levar a Primeiro-Ministro ou pelo menos a um resultado digno em 2009, ou seja, retirar a maioria ao PS.

Posto isto, Menezes pede a demissão. Pede aos notáveis do partido que se cheguem à frente. Pressiona. Diz aos críticos para se apresentarem a 24 de Maio. Afirma que não está na corrida. Orgulha-se do que fez e agrade às bases. E, principalmente, espera.

Nesta curta espera... porque, lembre-se, Menezes não é daqueles de esperar pelo momento certo, marca eleições para 24 Maio. Curto para grandes candidaturas. O único que está realmente organizado para elas é... o próprio Menezes.
Surge Aguiar Branco, da "burguesia do Porto" disse João Jardim e Pedro Passos Coelho, ex líder da JSD. Menezes espera.

Menezes sabe que não irá aparecer nenhum "potencial grande líder" porque sabe que esses estão à espera do momento certo. Portanto, irá anunciar a sua recandidatura e voltar a ser líder do PSD.
Se isto acontecer, Menezes sabe que terá, então, toda a legitimidade de que precisava para ir a jogo em 2009 com Socrátes.

É a último trunfo de Menezes e está jogado. E bem jogado.
Digo: a 24 de Maio Menezes resolve de vez a situação interna da sua liderança no PSD. Depois? Depois... verá novamente resolvida em 2009. Com a mia que provável derrota contra Socrátes e a chegada do momento certo do "potencial grande líder".

Portanto, o Menezes que pede a demissão hoje e que diz que não está na corrida será o mesmo Menezes, se não houver imprevistos, que será novamente líder já no próximo 24 de Maio.

Boa jogada, pouco risco e muito retorno.